Neste permanente movimento de jornais e revistas sobre futebol, com maioria de notícias sobre a rotina diária das equipas, os jornalistas são obrigados a escrever sobre esses factos, na maioria das vezes, sem qualquer interesse, a não ser para os adeptos dessas equipas. Existe pouca reflexão e falta uma abordagem das questões envolvendo um toque pessoal. Repete-se o que se houve, muitas vezes sem contraditório. Porventura, nem espaço, nem tempo, existe para essa intervenção. Chapa cinco como se diz no futebol. Felizmente nem sempre é assim, e acontece haver ainda muita gente a escrever com um espírito diferente abordando os assuntos de uma forma mais pessoal, menos fria, com mais coração e inteligência. Refiro-me por exemplo, entre outros, a Mónica Santos de "O Jogo", que ontem, de uma forma que lhe é peculiar, iniciou assim um artigo sobre Jorge Costa: "Se houvesse uma música para ilustrar o reencontro de Jorge Costa com o FC Porto, agora como treinador da Académica, talvez pudesse ser aquela a que Teresa Salgueiro e Sérgio Godinho dão voz, no álbum «O irmão do meio», em que perguntam e respondem, serenos: «Pode alguém ser quem não é?».
Seria mais fácil reproduzir simplesmente as palavras honestas de Jorge Costa, mas a jornalista preferiu no entanto envolvê-las de uma forma mais harmoniosa, desdramatizando-as, e tratando-as de uma forma bem atractiva.
Seria mais fácil reproduzir simplesmente as palavras honestas de Jorge Costa, mas a jornalista preferiu no entanto envolvê-las de uma forma mais harmoniosa, desdramatizando-as, e tratando-as de uma forma bem atractiva.
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