A propósito da notícia de ontem sobre a falta de água e luz no estádio do Hércules, num dos treinos que antecederam o jogo com o Real Madrid, lembrei-me de alguns, entre tantos, momentos insólitos que já vivi com a Selecção Nacional. Aqui há uns anos, mais concretamente em 1996, Portugal jogou com a Ucrânia, em Kiev. No treino oficial, cortaram-nos a luz antes do seu final e no balneário a água estava gelada, obrigando-nos a ir tomar banho ao hotel. Chovia e a temperatura estava muito baixa! Em 1999, em Baku, num jogo com o Azerbaijão, a luz ao intervalo falhou e já não voltou. Nem o delegado, nem os árbitros, sabiam o que fazer nem conheciam o regulamento. Felizmente, ando sempre com o regulamento da prova e lá fizemos o jogo no dia seguinte. Noutro local, em Londres, Wembley, num jogo de preparação, só pudemos treinar em meio campo, dado que estavam a preparar a pista para corridas de cães! Um dia, em 2001, em Dublin, no treino oficial, o estádio onde no dia seguinte decorreria o jogo com a República da Irlanda, só tinha uma baliza no local e só pudemos, também, treinar em meio-campo. Em 2007, no estádio do Arsenal, o treino da selecção nacional, foi após o do Brasil. Após o treino e banho dos brasileiros, desligaram a água quente e o responsável desligou a caldeira. Quando os nossos jogadores quiseram tomar banho a água estava gelada dado que para ligar o sistema seriam necessários cerca de 30 minutos. Tomámos banho de água fria, no meio de enorme discussão e confusão. No exterior estavam cerca de zero de graus! Mais recentemente, em Joanesburgo, após o jogo Portugal/Moçambique tivemos de utilizar o balneário dos moçambicanos para o banho após o jogo, porque não havia água quente no nossos duches. Estava bastante frio, como é hábito no inverno em Joanesburgo! No princípio deste mês, na Islândia, quando os jogadores tomavam banho de água quente, de repente veio água gelada, gerando-se uma situação caricata com os atletas a tremerem de frio, envolvidos em toalhas até se resolver o problema! Como se vê por estes exemplos, e há muitos mais, uns propositados, outros fruto de desleixo e incompetência, não é só em Alicante que existem problemas destes.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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