terça-feira, janeiro 11, 2011

Peseiro e os Príncipes


José Peseiro foi despedido  de Seleccionador da Arábia Saudita, após a derrota com a modesta Síria na primeira jornada da Taça da Ásia. Peseiro, após essa derrota, terá dito que também a Espanha perdeu o seu primeiro jogo no Mundial e acabou por o ganhar e Portugal, em 2004, também perdeu o primeiro jogo e acabou por ir à final. Tudo verdades. O que eu acho estranho é que se tenha esse discurso, lógico para locais onde o futebol é gerido muito mais profissionalmente, num país em que o jogo é comandado do camarote para o campo de jogo, como se tratasse da abertura de um poço de petróleo em que tudo é comandado à distância de forma científica. Na Arábia Saudita como muito bem saberá José Peseiro, bastava falar com o nosso comum amigo Nelo Vingada, os treinadores podem receber ordem de despedimento directamente para o banco. Já muito estranhei que não o tivessem despedido no apuramento para o mundial, quando perdeu o jogo, nos últimos segundos dos descontos. Pensei na altura que os sauditas estavam a evoluir, futebolisticamente falando, mas afinal estão na mesma, têm dinheiro, mas não evoluem.




2 comentários:

  1. Também eu estranhei ele não ter recebido imediata 'guia de marcha' quando confirmou, mais uma vez naquele jogo, o seu brilhante CV de 'loser' encartado.
    Porque, convenhamos, caro amigo, este homem pode ser uma excepcional pessoa mas, apesar disso, será sempre bom mantê-lo o mais afastado possível de uma equipa de futebol com um mínimo de ambições.
    Portanto, a meu ver, o personagem não é suficiente motivador para que os sauditas alterem hábitos que existem em todas as culturas: manda quem paga, que é como quem diz 'o dono da bola'.
    Diogo Frantz

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  2. Meu caro Diogo
    Respeito a sua opinião mas a minha crítica ia mais no sentido das atitudes dos árabes. Substituir um treinador durante uma fase final parece-me absurdo, por muitas razões que eventualmente tenham e que sinceramente desconheço.

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