Não resisti, com a devida vénia, a publicar a entrada, com o nome do título, que Carlos Mesquita colocou no seu O ClariNet. a propósito do acordo conseguido em Bruxelas para as novas condições financeiras a pagar por Portugal:
"A esta hora ainda não é oficial, mas todas as notícias das televisões avançam que os líderes da zona euro acordaram com a alteração das taxas de juro do Fundo Europeu de Estabilização (FEEF), assim como com o prazo de pagamento.
A taxa de juro a pagar descerá para 3% e a maturidade do empréstimo passará para o dobro, ou seja para 15 anos. Portugal pagou pela primeira parte do empréstimo (em Maio) 5,7%.
Os muito optimistas diziam que era dificílimo cumprir os pagamentos com as taxas negociadas com a troika, um outro grupo (que reivindicam o saber fazer contas simples) diziam ser impossível.
Há um terceiro, singular por ser um e por ser único, o nosso já célebre e brilhante ministro das finanças. Aceitou como bom tudo o acordado – nunca se lhe ouviu um queixume – e a semana passada disse que “seria prematuro pedir alterações às condições do empréstimo a Portugal”. Assim, sem tirar nem pôr palavras, como inventaram entre o “desvio” e “colossal”, uma das últimas entradas para o anedotário nacional.
Já ouvi várias personalidades, hoje foi Medeiros Ferreira num programa da SIC, a recordar a este nosso governante, que é ministro de Portugal, e já não um burocrata de Bruxelas, ou professor, ou aluno deferente e cumpridor. Tem a obrigação de defender os interesses do Estado português, e os interesses dos contribuintes portugueses.
Vítor Gaspar tem anunciado medidas que levam à penúria de muitos de nós com uma frieza provocadora, e depois vemo-lo em Bruxelas em vénias subservientes.
As dificuldades quanto mais insolúveis forem para Portugal mais o país ficará refém dos especuladores, não tenho dúvidas que há gente grada para quem a crise é conveniente. É o desmembrar do sector público, o desbaratar património e as privatizações, tudo no sentido de empobrecer o bem comum para servir uns interesses particulares.
Vamos ver o que Vítor Gaspar diz das medidas atenuantes dos líderes europeus, e se algum jornalista o confronta com as suas declarações de ser “prematuro pedir alterações às condições de empréstimo a Portugal”. Talvez saia uma parábola que explique que entre “prematuro” e “empréstimo” há uma semana de pontos e vírgulas.
A taxa de juro a pagar descerá para 3% e a maturidade do empréstimo passará para o dobro, ou seja para 15 anos. Portugal pagou pela primeira parte do empréstimo (em Maio) 5,7%.
Os muito optimistas diziam que era dificílimo cumprir os pagamentos com as taxas negociadas com a troika, um outro grupo (que reivindicam o saber fazer contas simples) diziam ser impossível.
Há um terceiro, singular por ser um e por ser único, o nosso já célebre e brilhante ministro das finanças. Aceitou como bom tudo o acordado – nunca se lhe ouviu um queixume – e a semana passada disse que “seria prematuro pedir alterações às condições do empréstimo a Portugal”. Assim, sem tirar nem pôr palavras, como inventaram entre o “desvio” e “colossal”, uma das últimas entradas para o anedotário nacional.
Já ouvi várias personalidades, hoje foi Medeiros Ferreira num programa da SIC, a recordar a este nosso governante, que é ministro de Portugal, e já não um burocrata de Bruxelas, ou professor, ou aluno deferente e cumpridor. Tem a obrigação de defender os interesses do Estado português, e os interesses dos contribuintes portugueses.
Vítor Gaspar tem anunciado medidas que levam à penúria de muitos de nós com uma frieza provocadora, e depois vemo-lo em Bruxelas em vénias subservientes.
As dificuldades quanto mais insolúveis forem para Portugal mais o país ficará refém dos especuladores, não tenho dúvidas que há gente grada para quem a crise é conveniente. É o desmembrar do sector público, o desbaratar património e as privatizações, tudo no sentido de empobrecer o bem comum para servir uns interesses particulares.
Vamos ver o que Vítor Gaspar diz das medidas atenuantes dos líderes europeus, e se algum jornalista o confronta com as suas declarações de ser “prematuro pedir alterações às condições de empréstimo a Portugal”. Talvez saia uma parábola que explique que entre “prematuro” e “empréstimo” há uma semana de pontos e vírgulas.
No meio destas palavras do autor do blog e das do próprio ministro, politicamente ingénuo, muito técnico e sério, ressalta não só o facto do acordo ter sido favorável para o nosso país, mas sobretudo, por acaso ou não, os únicos com razão neste assunto, terem sido o BE e o PCP, que desde sempre se manifestaram a favor destas medidas. Quanto ao ministro, uma boa assessoria de imprensa resolveria alguns destes problemas...
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