Não sei que idade Adriano Moreira tem, mas que é avançada sabe-se. Onde estão as grandes vozes da Europa actual? Perguntou na RTP2 ontem em entrevista conduzida por Maria Flor Pedroso. E também disse que as palavras de Merkl afirmando que os povos do sul, incluindo Portugal, não gostam de trabalhar e são preguiçosos, são extremamente perigosas, dizendo mais: "Que se saiba Portugal nunca destruiu a Europa". "Não gosto e aflige-me que se toque no Estado Social, e ao fazê-lo, ou pelo menos tentar, essa é uma atitude contrária à ideologia social da Igreja", os seus colegas partidários devem ter sentido um calafrio ao ouvir isto. Abordou a actual crise de uma forma clara e fria. "Crise de liderança", disse. E digo eu que nunca imaginaria um dia estar de acordo com Adriano Moreira. Mas estou e este homem não é propriamente de esquerda. É de idade avançada, claro que é, de direita também, mas está lúcido e sabe bem o que diz, argumentando por vez com palavras de Soares e Mandela. As voltas que o mundo dá. Comparar os actuais lideres políticos com homens como este e com aqueles que citou é pura brincadeira, mesmo que nalguns casos não se esteja pontualmente de acordo com eles.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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