domingo, abril 10, 2011

Não aprendemos

Portugal segundo se fala, vai receber 80 biliões de euros para resolver os problemas da sua economia a médio e a curto prazo. Sinceramente, lembrando-me dos dinheiros da Europa que desperdiçámos e que  foram parar aos bolsos, directa ou indirectamente, dos muitos passarões da nossa praça, não acredito que tudo isto vá resolver o que quer que seja, enquanto não houver autoridade, disciplina e exemplos. Não podemos viver acima das nossas posses, não podemos gastar mais do que produzimos. Há quem diga, o BE por exemplo, através de Daniel Oliveira, que os países não vivem assim com contas de merceeiro. Esta e outras opiniões do género tinham muito a ver com o facto de nunca se ter visto a cara  daqueles a quem devemos. Agora que começamos a analisar melhor e a verificar que quem empresta, especulando, quer cobrar alto,  talvez nos leve a meditar que se não tivermos disciplina nas nossas contas, no país, como em casa, vamos afundar-nos. E para haver disciplina tem de haver autoridade, mas por parte de quem, se por exemplo, o maior partido da oposição, numa das últimas votações desta Assembleia, numa atitude meramente eleitoralista, votou contra o processo de avaliação dos professores, esquecendo-se que dentro em breve, possivelmente, irá governar o país e que Mário Nogueira lá estará à sua espera!   E se não há disciplina e autoridade como poderá haver exemplos? Cada um tenta conseguir o máximo para si esquecendo-se dos outros, olhando-se para o nosso quintal e não para a floresta.  Dou como exemplo também o futebol, e o recente castigo a Jesus e as consequentes e evitáveis palavras  de Villas-Boas. Não há disciplina porque não há autoridade e sem esses fundamentos não haverá exemplos. Será que em Inglaterra  ou mesmo na UEFA - competições europeias - existem processos deste tipo que demoram meses a serem resolvidos? Não há, porque há disciplina vinda da autoridade que as instituições exercem e consequentemente existem exemplos que são cumpridos sem esta permanente contestação verbal. Em Portugal nada disso conta. Não faltará muito para que comecem a surgir vozes a sugerir que um qualquer Salazar volte a aparecer por aí.


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