sexta-feira, abril 22, 2011

A mina de ouro

O meu amigo Paulo Torres esteve na Guiné-Bissau e declarou que aquele país é uma autêntica mina de ouro para se descobrirem novos jogadores, incentivando os nossos clubes a investirem nesse mercado quase virgem. É evidente que Paulo Torres tem o pleno direito de ter as opiniões que quer, no entanto nunca o ouvi defender com tanto ênfase a formação e a procura de jogadores e talentos no nosso país. Imagine-se se Carlos Queiroz, nos idos oitenta e noventa, em vez de aplicar todas as suas forças na formação nacional, tivesse ido para a Guiné-Bissau procurar, por exemplo, defesas-esquerdos, hoje, Paulo Torres, seria um completo desconhecido,  e não teria tido a oportunidade de usufruir de uma vida desportiva que se pode considerar boa, substituído por um qualquer jovem guineense que já teria regressado à sua terra sem honra nem glória, o que acontece à maioria dos que chegam e rapidamente regressam. Mina de ouro para quem?

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