sexta-feira, julho 02, 2010

Engolir sapos


Que pena tenho de não poder exprimir tudo o que me vai na alma sobre algumas pessoas que durante este período do mundial falaram dos percursos anteriores da selecção nacional. Para mim a selecção nacional será sempre a minha equipa, ganhe, perca ou empate. Com este, como foi com os anteriores ou será com os próximos seleccionadores nacionais, enquanto por cá andar neste mundo. A Selecção Nacional será sempre a melhor equipa do mundo, a mais bela, aquela por que mais sofrerei. Em qualquer circunstância. A Selecção Nacional para mim são afectos, é "o nós" em oposição ao "eu", é a história de todos, não só de alguns, são as cores da bandeira, é o hino, e é esse conjunto de sentimentos que fazem dela a minha equipa. É equipa de Jorge Vieira, Azevedo, Matateu, de Travassos, de Hernãni, de Eusébio, de Futre, de Figo, Rui Costa, de Petit, de Deco, de Simão, de Ricardo, de Vitor Baía, de Fernando Couto, de Cristiano Ronaldo e hoje de Fábio Coentrão e de Eduardo, e de todos os outros que vestiram aquela camisola. É a equipa de Ribeiro dos Reis, de Otto Glória, de Juca, de António Oliveira, de Scolari e Queiroz. Não só de um, mas de todos. Com actos positivos e negativos, de vitórias e derrotas. Era este o espírito de muitos com quem aprendi, sobretudo lendo, porque infelizmente não os conheci. Cândido Oliveira, Vitor Santos, Carlos Pinhão, Aurélio Márcio e tantos, tantos outros. Infelizmente, alguns ilustrados comentadores(??) e analistas, mexendo nos números, nos resultados, sobretudo nos ódios, fizeram os impossíveis para demonstrar aos portugueses que a história foi fraca. Como se enganam. É o conjunto dos bons e dos maus momentos que faz desta selecção o que ela é hoje. E ela hoje é uma referência no mundo do futebol. Mesmo tendo perdido nois oitavos do mundial. E aí volto ao princípio desta entrada. Para que conste que nada mudou nos meus princípios e nas minhas ideias.




5 comentários:

  1. Meu caro Carlos Godinho: A Selecção, de uma forma geral teve um comportamento digno. Porém, por haver pessoas que sentem a Selecção como tu a sentes, é que custa mais a aceitar que haja no grupo de trabalho quem, usando a braçadeira de capitão, se recusa a entoar o hino nacional e passeia pelo campo displicência e uma tonta arrogância. Essa atitude tinha de ser, no mínimo, explicada. E erradicada. Um grande abraço.

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  2. Isso, Sr. Godinho, é exactamente o que nos faz sentir. O sofrimento, a alegria, os golos, os erros, as fintas, as defesas, as faltas, as decisoes contra nós, as decisoes a nosso favor, a vitória e a derrota.
    Eu penso da mesma maneira e também para mim sempre será a equipa que apoiarei, mesmo nao estar sempre de acordo com certas decisoes.
    Perguntaram-me qual equipa apoiava caso Portugal fosse eliminado, e se torcia por a Alemanha, já que vivo cá? Respondi que as emocoes nunca sao e serao as mesmas como quando Portugal jogar e que nao sinto o mesmo.
    Por isso apenas há e haverá só uma equipa: Sempre Portugal.
    Um abraco

    p.s. bela camisola dos meados dos anos 50...

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  3. é exactamente aquilo em que penso: para mim, a Selecção é melhor que os clubes. Os clubes dividem o país mas a Selecção une o país.

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  4. No fim fazem-se as contas.É agora, a hora de refectir.
    Bom,quando "os navegantes" chegaram a primeira vez ao Cabo,batizaram-no de cabo das tormentas,hoje chama-se chama-se cabo da boa esperanca.
    Por vezes é muito dificil entender a sociedade portuguesa!!!!!Todos somos Portugal

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  5. Pois, tudo bem, mas faço minhas as palavras de Carlos Loures sobre o ídolo de pés de barro, um banho de humildade só lhe fazia bem e começar pela retirada da braçadeira era o mínimo. Um capitão tem de ser outra coisa, um líder e um líder impõe-se pelo seu carácter e pela sua atitude, não pelos toques de vedetismo saloio. Agravados ainda por cima pela nulidade do rendimento desportivo. Tá bem que somos um povo de amigalhaços e gajos porreiros, mas tudo tem um limite...

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