Portugal perdeu para a França a possibilidade de organizar a Ryder Cup, que teria lugar nos terrenos da Comporta. Sempre que alguém em Portugal pensa organizar um empreendimento desta natureza, surge de imediato a comparação com o Euro 2004. Neste caso, vejam bem, o que foi dito é que o retorno seria maior que o do Europeu, provavelmente com mais visitantes, e com toda a certeza com mais adeptos nas ruas a festejarem, sempre que os grandes golfistas presentes tivessem jogadas de génio. Aliás estava mesmo a ver os alentejanos da zona da Comporta, Carvalhal e Pego, logo de manhã, a trabalharem nos arrozais, com sapatos de golfistas, pull-overs lacoste vestidos e calças de marca, preparados paras as festas que surgiriam após as emotivas jornadas diárias da Ryder. Só os mosquitos do fim do dia é que atrapalhariam um pouco, mas mesmo assim, os donos do complexo e seus pares, teriam sempre hipóteses de fazerem uma grande campanha contra os bem aborrecidos bichinhos voadores que atacam ao fim do dia, braços, pernas e tudo o que esteja à mostra no corpo humano. O problema real é que segundo me contaram, os mosquitos da península de Tróia, da Comporta e da Herdade do Espírito Santo, não conseguem distinguir os ricos dos pobres, e não param de picar em tudo o que mexe. Além desse problema real, desconfio também do facto de Sarkozy ter comprado uma casa na Comporta porventura tentando perceber os pontos fracos da nossa candidatura. Acho mesmo que a derrota de Portugal se deveu a esses factores porque dos outros indicadores já se sabia que seriam todos superiores a essa pequena e residual organização chamada Euro 2004. Aliás na actual conjuntura política e económica do país, esta organização viria mesmo a calhar, dado que efectivamente têm aumentado muito significativamente o número de praticantes de golfe, um desporto popular, voltado para as massas, que está mesmo entranhado na nossa cultura e tradição desportiva.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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