sexta-feira, maio 06, 2011

Carência

Ontem o jornal "Record" publicou uma notícia sobre uma eventual alteração do período de carência para que os naturalizados possam, mais cedo, representar as selecções nacionais, neste caso reduzindo-o para três anos. Estranha-se que Joseph Blatter assuma e legitime esta posição quando não há muito tempo dizia exactamente o contrário. No futuro o que vai acontecer é que países, pequenos de expressão futebolística e população, mas com grande poder económico, poderão "comprar" as suas selecções nacionais no estrangeiro, em países em dificuldades mas que possuam jovens com qualidades para a prática do futebol. Quando se falava que o prazo de cinco anos deveria ser aumentado, a FIFA, mais uma vez, correndo atrás de interesses estranhos ao futebol e ao seu desenvolvimento, opta por diminuir o prazo facilitando a vida aos "importadores de nacionalidades". A iniciativa é de países árabes e compreende-se assim a intencão da proposta. Em 2022, além do Qatar, pais organizador, terá de haver mais equipas árabes participantes e competitivas e este é o meio mais rápido e objectivo de o conseguir. Simples, fácil e barato e pode dar milhões...

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