Por na altura ser muito jovem e apesar da tradição familiar, só acompanhei verdadeiramente o processo oposicionista já muito perto do 25 de Abril de 1974, mas cedo tomei conhecimento das privações, dificuldades e sofrimento de muita gente, da família e não só, que lutou por uma sociedade mais justa e livre. Quanto à sociedade mais justa existem muitas dúvidas se esse objectivo foi alcançado, mas apesar dos problemas existentes considero que hoje o universo dos que vivem melhor é muito superior ao passado. Do que não tenho dúvidas é quanto à liberdade que realmente existe, que é praticamente total, e nalguns casos quase levada ao exagero. Confunde-se muitas vezes liberdade com falta de respeito e ausência de regras. Vem toda esta conversa a propósito, e no sentido inverso, que apesar de fisicamente não haver restrições ao uso da liberdade de expressão nem sempre nos sentirmos à vontade para nos exprimirmos com total liberdade. Os diversos poderes instituídos, as corporações, e quase todos os grupos organizados, dificilmente aceitam palavras que não sigam as suas doutrinas e orientações e sempre que alguém, por um deslize, por um sentimento de alguma ingenuidade, ou mesmo com alguma autenticidade, diz algo que atinja, levemente, mesmo com respeito, essas doutrinas, ai Jesus, que cai o Carmo e a Trindade. Felizmente que o Carmo caiu, mas a mentalidade que está por detrás dele só daqui a algumas gerações sairá dentro de nós.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
sábado, maio 14, 2011
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