Se houve facto que me mereceu o maior destaque neste último jogo com o Chipre foi a prestação de Raúl Meireles. Condicionado por motivos físicos, como era do conhecimento de todos, por força de uma lesão contraída ao serviço do seu clube de então, foi submetido ainda às questões complexas da mudança para o Chelsea, tendo por isso vivido nestes dias num verdadeiro turbilhão. Raúl foi submetido a trabalhos específicos, protegido, mas sem olhar nunca a reservas ou em ponderar sequer não jogar. E fê-lo sem olhar ao sofrimento que porventura lhe viesse a surgir. Por isso, e lembrando-me das suas palavras no início do estãgio: "Pela Selecção Nacional faço tudo", torno-o no grande destaque deste jogo com Chipre. É de gente com esta raça e têmpera que a história da selecção se tem feito ao longo destes noventa anos.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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