José Manuel Ribeiro, do jornal "O Jogo", publicou ontem um artigo com o título "A grande maldade", no qual aborda o assunto do jogador português. Em primeiro lugar refira-se que o segundo lugar no mundial da Colômbia Sub/20, abriu portas à discussão sobre o tema que até então se resumia praticamente a especialistas e conhecedores da realidade. Hoje, todos falam sobre o assunto sem na maioria dos casos saberem do que falam e por isso muita asneira se tem dito e escrito por pessoas que de repente se assumiram como grandes especialistas na matéria e que mais valiam estar caladas. Não é este o caso, pois o artigo encontra-se bem fundamentado e apesar de não concordar com algumas das ideias nele expressas, avança com análises sustentadas e baseadas em determinados princípios, que nalguns casos, a meu ver, são discutíveis. É verdade que no essencial concordo, principalmente quando argumenta e bem, que a situação não é alarmante, mas também não é menos verdade que não aborda os interesses envolventes a muitas transferências que condicionam em muito a aposta no jogador que não faz movimentar meios e sobretudo porque praticamente se limita à desmontagem de determinadas ideias e concepções sem perspectivar soluções. Por exemplo poderia perguntar qual a razão na continuada aposta na formação sem que produzam directamente resultados desse investimento. Ganhar campeonatos de juniores é o objectivo único de tão avultados investimentos? Para terminar, concorde-se ou não, é uma análise feita de uma forma séria, discutível como todas, mas que resulta num contributo positivo para a abordagem deste assunto.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
Um bom artigo de José Manuel Ribeiro.
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