sexta-feira, setembro 17, 2010

Roma e Pavia



Tenho como princípio, desde há muito tempo, assumir com a máxima precaução todos os jogos e competições da Selecção Nacional, sejam oficiais ou particulares. Embandeirar em arco, andar de peito cheio, são expressões populares muito em voga na vida e no futebol. E normalmente são fatais. Mesmo com todas as precauções tomadas, relembro os resultados do Liechtenstein, em 2004, com a Albânia, em 2008 e ainda recentemente com o Chipre. Sem esquecer obviamente o grande trauma que foi o Brasil, em 2008, em Gama. Todos os cuidados são poucos, em qualquer circunstância, mas quando se joga contra grandes adversários, aí os cuidados devem triplicar, a euforia deve estar num nível muito baixo e a concentração deverá ser total. O que aconteceu ao SC Braga, na quarta-feira, levará concerteza à reflexão daqueles que no seu interior, fazem a história do dia-a-dia, e que têm a experiência destes ambientes, refiro-me concretamente a Domingos e a Fernando Couto. Eles saberão perfeitamente que o reencontro com a humildade e o esvaziamento do balão da euforia, serão talvez as medidas mais importantes a seguir, sob pena da equipa se desencontrar e perder-se. Porque outros, sem essa experiência, vão querer imediatamente encontrar culpados e apontar o dedo aos que estarão mais fragilizados, os jogadores. Segurar o que está certo e conquistado para que o progresso seja consistente. Tudo tem um tempo certo para a sua construção e até uma equipa de futebol está sujeita a essa regra. Roma e Pavia não se fizeram num dia, e não consta que com Braga tenha sido diferente.


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