José Peseiro foi despedido de Seleccionador da Arábia Saudita, após a derrota com a modesta Síria na primeira jornada da Taça da Ásia. Peseiro, após essa derrota, terá dito que também a Espanha perdeu o seu primeiro jogo no Mundial e acabou por o ganhar e Portugal, em 2004, também perdeu o primeiro jogo e acabou por ir à final. Tudo verdades. O que eu acho estranho é que se tenha esse discurso, lógico para locais onde o futebol é gerido muito mais profissionalmente, num país em que o jogo é comandado do camarote para o campo de jogo, como se tratasse da abertura de um poço de petróleo em que tudo é comandado à distância de forma científica. Na Arábia Saudita como muito bem saberá José Peseiro, bastava falar com o nosso comum amigo Nelo Vingada, os treinadores podem receber ordem de despedimento directamente para o banco. Já muito estranhei que não o tivessem despedido no apuramento para o mundial, quando perdeu o jogo, nos últimos segundos dos descontos. Pensei na altura que os sauditas estavam a evoluir, futebolisticamente falando, mas afinal estão na mesma, têm dinheiro, mas não evoluem.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
Também eu estranhei ele não ter recebido imediata 'guia de marcha' quando confirmou, mais uma vez naquele jogo, o seu brilhante CV de 'loser' encartado.
ResponderEliminarPorque, convenhamos, caro amigo, este homem pode ser uma excepcional pessoa mas, apesar disso, será sempre bom mantê-lo o mais afastado possível de uma equipa de futebol com um mínimo de ambições.
Portanto, a meu ver, o personagem não é suficiente motivador para que os sauditas alterem hábitos que existem em todas as culturas: manda quem paga, que é como quem diz 'o dono da bola'.
Diogo Frantz
Meu caro Diogo
ResponderEliminarRespeito a sua opinião mas a minha crítica ia mais no sentido das atitudes dos árabes. Substituir um treinador durante uma fase final parece-me absurdo, por muitas razões que eventualmente tenham e que sinceramente desconheço.