Manuel Tavares no seu editorial de ontem no jornal "O Jogo", a propósito da eleição do melhor treinador do ano pela FIFA, perguntou: "E pode não ser Mourinho?!", desenvolvendo a ideia de que deveriam ser eleitos o melhor treinador e o melhor seleccionador. Concordo perfeitamente dado que fui eu próprio que recolhi os votos dos portugueses que participaram na votação e senti que não é fácil decidir entre o Seleccionador e o Treinador de clube e sobre as vitórias que cada um conseguiu e particularmente analisar e perceber da sua importância. São decisões complicadas que têm como base percursos diferentes, vindas de ambientes completamente distintos. E convém não esquecer que os Seleccionadores Nacionais, ao votarem, terão objectivamente mais facilidade de decidirem com base na análise do trabalho dos seus colegas das outras selecções. Compreendo também que os Seleccionadores, a não ser em anos de europeus e mundiais, terão mais dificuldades em vir a ser eleitos, e a resultante desse trabalho, embora importante, é muito diversificado e muito temporalizado. Mas foi este o contexto da votação, e pelo menos este ano, Mourinho, corre mesmo o risco de não ser eleito o que seria de facto injusto, como o contrário também será verdade com Del Bosque. Ambos mereceriam vencer dada a qualidade do trabalho que desenvolveram. Mas que são coisas diferentes lá isso são.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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