domingo, janeiro 16, 2011

Jogador português

Este blog tem-se batido, desde a sua criação, pela defesa do que é nacional, dos clubes, das selecções nacionais e essencialmente dos jogadores. Infelizmente não há muitas tribunas que o façam com tanta determinação como o tento fazer aqui. Na comunicação social alguns jornalistas, de vez em quando, vão também levantando questões, abordando o assunto, mas sem muitas possibilidades de avançarem muito mais. Talvez aquele que com mais assiduidade venha falando sobre o assunto seja Joaquim Evangelista, Presidente do Sindicato dos Jogadores. Ontem, no Record, veio novamente levantar a questão produzindo afirmações com alguma contundência sobre os dirigentes e sobre os teinadores portugueses, com razão, na minha opinião. Sabe-se que nem sempre é fácil ter-se princípios num mundo em que está em causa o nosso lugar e não há nunca tempo para experiências. É a realidade. Joaquim Evangelista, disse, nomeadamente: "Muitos são portugueses (treinadores) e parecem ter-se esquecido dos problemas que tinham quando jogavam" aos dirigentes, lembra que "há muitos jogadores portugueses que estão desempregados". Compreendo, aceito, e solidarizo-me com este pensamento, no entanto, lembro a Joaquim Evangelista, que não são só os treinadores a quem aponta contradições, a serem responsáveis por esta situação. O seu antecessor no sindicato, depois de assumir a formação de um clube lisboeta, a primeira atitude que tomou foi encher as equipas desse clube de jovens estrangeiros. Num mercado completamente desregulado e a quem não interessa discutir este assunto, caberá à nova direcção da FPF, seja ela qual for, juntamente com a Liga e os órgãos de classe,  defender o atleta português, criando condições para o seu desenvolvimento progressivo e sustentado em competições adequadas às suas idades. Sem essa regulação, e sem essa defesa, para Joaquim Evangelista, para mim, e para quem pensa como nós, é só praticamente pregar no deserto.


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