É pouco habitual assistir no futebol português a imagens como aquelas de ontem à noite em Alvalade quando Liedson se despediu dos adeptos sportinguistas. Liedson não nasceu na Academia e veio para Lisboa homem já feito, o que dá mais sentido ao sentimento dos sócios do Sporting. Bastaram sete anos e meio para que o jogador ficasse no coração dos adeptos. A maioria das vezes os atletas saem sem que haja grande reacção, mas neste caso a empatia foi total. Desde crianças, a homens e mulheres, o que se viu surpreendeu-me, dada a forma comovida e emocionada, alguns soluçando, como se despediram do seu ídolo. Repito que não é hábito e isso só dignifica os sportinguistas que num momento e numa noite muito difícil, no meio do quase desastre futebolístico, valeu Liedson mais uma e pela última vez, ficaram no estádio para se despedirem. Para quem está de fora, como é o meu caso, deu a sensação do início de orfandade. Será que a sensibilidade dos adeptos foi mais longe e mais objectiva que a decisão dos dirigentes? O futebol é também isto, paixão, amizade, sensibilidade, amor a um emblema, a uma bandeira, a um símbolo. Gostei do que vi e de ter sentido, como português, esta despedida. O nosso futebol ficou mais pobre. Boa sorte Liedson.
Hoje a dias muito negócio envolve o futebol. O dinheiro, as estrelas e o successo sao as principais razoes para que o futebol atrai tanto pessoal.
ResponderEliminarMas em verdade, e é isso que penso, sao as emocoes que "prendem" uma pessoa ao seu clube ou a sua seleccao, que fazem do futebol o que é. Falando de emocoes, também sao as tais que magoam e que deixam saudades que fazem parte da vida futebolistica.
De facto uma perca para a Liga. Boa sorte levezinho!