A Selecção Nacional de "Sub/19" venceu pela terceira vez consecutiva o Torneio de La Manga. Esta vitória na sequência de outras noutros escalões e de vários resultados positivos ocorridos nesta época, demonstra que a vaca, afinal, continua a dar leite, pelo que continua a ser alimentada e bem alimentada. O problema, que é real, prende-se não com a falta de formação na FPF mas com o facto dos nossos jovens, após passarem a seniores continuarem sem espaço de afirmação. Para alterar esta realidade é necessária a modificação não só dos actuais quadros competitivos e da respectiva legislação, mas também é necessária uma outra mentalidade dos clubes, dos dirigentes e dos treinadores. Não sou obviamente contra os atletas estrangeiros mas sim contra os atletas estrangeiros sem qualidade que inundam as nossas competições. Se a nível de selecções conseguimos competir e vencer os melhores, com outras condições, com um número de praticantes bem maior, porque será que os nossos jovens têm extrema dificuldade em impor-se nas nossas competições seniores? A discussão deste assunto terá de continuar e será importante que se encontrem pontos de acordo entre todos os interessados para que possamos alterar a actual situação. Este enorme investimento que a FPF, logo do futebol português, faz todas as épocas com estes jovens, merece outro tipo de continuidade a outro nível, porque gastar o que se gasta sem se alcançar resultados a nível profissional é um mau investimento.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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