Aqui longe, após termos deixado Portugal há uma dúzia de horas já tudo parece distante e os factos são vividos com grande relativismo. O que conta é se Ricardo Costa chegou bem e a preparação do treino de daqui a pouco. Mesmo assim, não pode deixar de nos surpreender os acontecimentos no nosso País e no nosso futebol. A entrevista, mas sobretudo os termos utilizados, de Costinha, os novos messias de verde vestidos, o Ministério Público e a FPF, etc., etc.. Um mundo a roçar o surrealismo na véspera de um Argentina/Portugal onde vão estar em campo os dois melhores jogadores do mundo e duas das melhores selecções, a quinta e a oitava no ranking FIFA. Se analisarmos todos estes factos perceberemos que algo não bate bem e certo. Um futedol que consegue gerar uma selecção que disputará um encontro de dimensão mundial não consegue encontrar uma saída interna para os seus problemas? Ou esta selecção é de outra dimensão e vive num outro patamar de organização ou este futebol e este país consegue viver no caos tendo como únicas referências dois ou três clubes e uma selecção, sendo o resto a confusão total. Ou como diria José Saramago, e escrevi aqui há uns meses: "O caos é a ordem por decifrar"!
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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