segunda-feira, outubro 25, 2010

Scuts

Sinceramente gosto cada vez menos de falar de política, especialmente por aqui. Sabemos que se vivem momentos difíceis para todos, especialmente para os mais jovens, e para os idosos. Por isso estranho que este problema das scuts seja discutido desta forma tão leviana e sem que haja coragem por parte do governo em resolvê-lo, bem pelo contrário, criando ainda por cima uma trapalhada que ninguém percebe. Se quiser ir para a margem sul tenho de pagar portagem, e aí não há qualquer alternativa, a não ser de barco. Se quiser ir a Cascais pela A5 pago portagem. Se quiser ir para qualquer outro local para fora de Lisboa, pago portagem em praticamente todas as saídas. Não entendo por isso que todos tenhamos que pagar as portagens de outras zonas do país. Um dia destes vi um senhor na televisão, bem vestido, com um automóvel potente, protestando contra as portagens de uma qualquer auto-estrada no norte do país. Mas será que os habitantes dos Açores, por exemplo da Ilha das Flores, saudação para César João, têm de pagar pelo facto desse senhor querer ir de auto-estrada para o emprego? E os idosos, e os desempregados, e os habitantes do Corvo, ou de Porto Santo, ou de Bragança, ou de Beja que não têm qualquer auto-estrada na sua região? Não será mais justo, não havendo outras condições no momento, que o utilizador seja o pagador? Acho que sim, mas os partidos, todos eles, na busca do voto fácil, continuam a tornar difícil o que é fácil.

4 comentários:

  1. Atrevo-me a dar uma ideia.(Aos políticos e outros que podem)

    Nao seria melhor ter uma rede de transportes publicos, estruturada, alargada, altamente eficiente.(Quem nao tem cao,caca com gato)

    Automóveis ao dobro do preco, pois nós, nao produzimos automóveis. Os da producao Auto Europa, com valores normais.(Quem nao tem ...)
    Evita-se o caos, diminui-se vários tipos de importacao.Etc,etc...

    Como se pode ter um país a sério, se nem sequer somos capazes de produzir o que comemos.
    Sem agricultura e educacao escolar nao há país que resista e só depois é que vem tudo o resto.

    Melhor dizer-lo assim, sem a barriguinha cheia
    e muita ignorancia junta é perigoso.

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  2. Já agora, paga portagem no IC19?

    E a ti Micas em Freixo de Espada à Cinta, que não tem tv e só usa uma lâmpada em casa, é obrigada a pagar a taxa de audiovisual na conta da EDP?

    E do meio milhão de portugueses sem conta no banco, e muitos outros que nada devem à Banca, têm de pagar com aumento de impostos o desvario dos outros que vivem acima das possibilidades e com crédito barato e ao desbarato?

    Ó Godinho, mais valia estares calado.

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  3. Zé Luís, se acha que o IC19 é uma autoestrada bem então nada feito!!!Que eu saiba os srs. que reclamam têm alternativas. Por aqui por 2kms, no início da CREL, para ir a Queluz paga-se. Se não quiser pagar vou pela estrada. Posso demorar um pouco mais mas chego lá. O mal é que uns pagam e outros não.

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  4. Godinho, a que hoje conhece por A28, só para lhe chamarem auto-estrada, é o antigo IC1, um IC como o IC2, o IC10 e o IC19.

    Também não é auto-estrada e, se estiver atento às notícias, perceberá que alternativa à hoje A28 não existe. E, seguramente, não encontram no País todo um exemplo semelhante de inviabilidade de alternativa que demore mais tempo do que pela EN13. Melhor, se calhar até é pior ir pela Agrela a P. Ferreira em vez de pela A42. Esse percurso, sinuoso como não existe no sul do País salvo raríssimas excepções, também não é alternativa e a A42 só existe há seis anos, seis anos apenas de vida até ser portajada.

    Não quero comentar cenários que o Godinho possa, profissionalmente, percorrer pelo País e com batedores junto da Selecção. Ao jeito de um PM ou PR. Mas a vida não é nem como a vêem de longe, nem como a CS descreve, ainda que no tocante à alternativa à A28/IC1 venham a descrever há muito que é impraticável considerar aquela rua transversal a várias localidades uma alternativa.

    Se quiser que lhe descreve a origem, o nome, os gastos, as ajudas comunitárias e tudo sobre a A28/IC1 diga que terei prazer em enviar-lhe. Para saber algo mais do que fala.

    Quanto a pagar, a minha tia Ermelinda, de Trancoso, não tem tv mas paga a taxa de audiovisual. Bem, creio que já lhe contei uma história do género, nem vale a pena repetir o caso dos que não se endividaram e dizem que, como todos, devem 1500 euros ao estrangeiro...

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