Quando faltam pouco mais sete horas para o grande jogo da noite, as minhas memórias estão em reboliço, revivendo-as, como se fossem hoje. Passaram pelos meus olhos algumas situações ocorridas ao longo de tantos anos junto das Selecções Nacionais. Desde um curto encontro que ontem tive com o Maradona de Colónia, Petit, que essas imagens e sensações não mais me largaram durante o resto da noite e o dia de hoje. Ao visitarmos o Estádio do Bessa para uma curta activação, entre as 11.00 e as 11.30 mais se cimentou o meu estado de espírito tipo "RTP memória". Encontrei Rui Bento, campeão do mundo em 1991, um pouco triste com a situação do seu Boavista, relembrando-me do percurso fantástico nesse mundial e dessa geração de jogadores que marcaram o futebol português nos últimos dezoito anos. Infelizmente, já todos sairam deste grupo embora a sua marca tenha ficado para sempre enraizada entre nós. Lembrei-me também, quando precisamente neste dia, em 2001, no Porto, mas nas Antas, empatámos 2-2 com a Holanda, num extraordinário jogo de futebol. No final, na cabina, fomos visitados por António Guterres, primeiro-ministro de então, que nos felicitou pelo brilhante jogo e que comemorou connosco o aniversário do Dr. Nuno Campos. Demos nessa noite o passo quase decisivo para o Mundial de 2002, embora tivessemos ainda alguns obstáculos bem difíceis pelo caminho. Van Gaal, nessa noite, depois de estar a ganhar por 2-0 pensou em goleada. Foi a sua "derrota", dado que a partir de determinado momento os nossos jogadores acreditaram que era possível dar a volta. E deram-na de uma forma quase épica. Quase no final do jogo, Portugal forçou o ataque e o árbitro marcou um penaltie, tendo Figo assumido que seria ele a marcá-lo perante a "recusa" dos habituais marcadores em fazê-lo. Essas imagens ficarão para sempre na minha memória. Luis Figo a correr para a bola, a marcar, a continuar a correr com a camisola na mão, e o estádio em total delírio. Sensações fantásticas que espero voltar a viver esta noite. Figo estará hoje na bancada a ver o jogo, tal como tantos outros ex-internacionais. O espírito de Selecção continua em crescendo. Vamos lá pessoal!
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
E o Capuchinho nesse jogo das 'Antas' com a Holanda?...
ResponderEliminar(Espero que tenham pago os óculos que o Figo partiu nessa noite ao Oliveirinha).
Abraço e continuação.