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Surgiram alguns artigos e vozes na blogosfera e na comunicação social, criticando o "castigo" imposto aos jogadores Pereirinha e Rui Pedro. Não está em questão a liberdade de opinião de cada um mas parece-me que a resposta técnica da FPF foi a mais adequada. Refiro-me a resposta técnica porque não houve qualquer consequência disciplinar. Os jovens, por mais talentosos que sejam, têm de saber e perceber que estar num jogo, seja ele qual for, com aquela camisola vestida, deverá ser sempre um orgulho para qualquer atleta e que a responsabilidade de representar a Selecção Nacional, qualquer uma, é enorme. Não atalhar rapidamente sinais de vaidade ou de presunção, levar-nos-á, mais cedo ou mais tarde, à criação de jogadores sem futuro. E disso temos, infelizmente, alguns exemplos.
Luis Figo, Rui Costa, Eusébio e tantos outros, foram referências de jogadores disciplinados perante os seus colegas, adversários, treinadores, dirigentes e público. Não foi só a sua competência profissional que os projectou, mas também as suas atitudes como homens. A perfeita união entre essas qualidades tornaram-nos grandes. Por isso ficaram para a história. Não foram grandes aos 20 anos, foram grandes sempre. E disso todos nos orgulhamos. A história, sabemos, não se faz só dos grandes, mas é para ajudar a tornar jogadores normais em grandes jogadores que as Selecções Nacionais também servem. Se além disso também crescerem como homens disciplinados e integrados na sociedade, tanto melhor.
Pereirinha e Rui Pedro, excelentes executantes, têm tempo para reflectir que o respeito perante os seus colegas, adversários, treinadores e público, fazem parte muito importante no seu percurso como futuros, esperamos, atletas de alto nível.
Para estarmos todos em igualdade de circunstâncias vejamos as imagens:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=RrdgiMBzwNE
Ok.
O «penalty» deveria ter sido repetido, o jogador de Cabo Verde entra na área antes da bola ter sido tocada por Pereirinha.
Quanto à falta de respeito, a maneira como o penalty foi marcada é legal (o corte/a antecipação é/foi ilegal).
Futebol é espectáculo se a concretização tivesse resultado estaríamos hoje a aplaudir os miúdos como aplaudimos Postiga quando inovou na marcação dum «penalty» decisivo ou Ricardo quando decidiu defender sem luvas... todos estes casos são/foram espectáculo, gestos/atitudes que se tomam para deliciar os espectadores.
Imaginemos agora que concordava com este patamar de exigência de Carlos Queiroz, recordo que Portugal venceu todos os jogos e o torneio, deveria Queiroz ser tão exigente com ele próprio, é indesculpável o gesto de Pereirinha mas é desculpável empatar-se em casa contra dez albaneses?
Quanto aos exemplos que aponta tenho, apenas, quarenta anos e não me recordo do percurso profissional do ex-atleta do Sporting de Lourenço Marques, quanto a Luís Figo e a Rui Costa nem um nem outro são exemplo de profissionalismo com a camisola das quinas.
Luís ao abandonar a selecção e voltar depois dos ex-colegas terem conseguido a classificação para o campeonato da Europa de 2006, depois da papinha feita, voltou.
Rui Costa ao fazer-se expulsar num jogo que custaria a presença de Portugal no Mundial de 1998