terça-feira, julho 26, 2011

Ricardo Batista

Custa muito a aceitar que um jovem promissor, inclusivé com experiência desportiva no estrangeiro, se tenha deixado iludir por um processo de doping que é sobretudo um problema de ética e seriedade desportiva. Evidentemente que estes processos não são nunca tão lineares como parecem e devem existir diversos factores que levam um atleta a uma situação deste tipo. Não serei eu nunca a condenar alguém por um erro cometido na vida até porque já houve situações de atletas bem mais credenciados a quem apoiei em momentos difíceis nas suas vidas desportivas, lembrando-me, ao acaso, de Abel Xavier e Fernando Couto. De concreto, Ricardo Batista foi suspenso por dois anos, e apesar de ser bastante jovem, dois anos, para um guarda-redes, é um período bem grande e limitativo de  carreira futura. Leis são leis e são evidentemente para aplicar e cumprir não estando em causa a justeza, idoneidade e seriedade de quem a aplicou, que se baseou naturalmente nos regulamentos existentes e aprovados pelas entidades competentes. Mesmo atendendo à gravidade do assunto e da falta cometida, parece-me que este tipo de sanções são de facto algo exageradas e talvez merecessem alguma análise cuidada com vista a uma possível  rectificação sobre o período de castigo, sobretudo para um primeiro caso de controlo positivo. Vai ser necessária muita força de vontade, coragem e apoio diverso, para que um atleta nesta situação consiga resistir à suspensão e  estar mais tarde em condições de poder voltar a jogar.

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