Nalguns países, por exemplo em Itália e em Milão, grandes rivais utilizam o mesmo estádio. Em Portugal os grandes clubes lisboetas não vão tão longe e ficam-se na partilha da mesma rua/estrada onde se situam os seus estádios. E é nessa rua e nos seus acessos que os adeptos de cada clube, quando se deslocam a casa do adversário, vão enquadradados na chamada "caixa". Por sua vez os encarnados, a exemplo do que se faz aí pela Europa, inauguraram a "gaiola/rede" para os adeptos visitantes. Novas terminologias a surgirem no futebol, fruto da tentativa de se evitar violência. Mesmo com as caixas, gaiolas e outros meios, houve alguma tensão na entrada dos sportinguistas. Quanto ao futebol, o mais importante de tudo, um jogo com emoção, muito disputado, com uma arbitragem rigorosa e corajosa, com um ou outro erro normal num jogo desta intensidade, e com duas boas equipas em que a língua dominante é o castelhano. De português nunca se falou tão pouco num "derby". Realce ainda para os dois guarda-redes, os melhores em campo. Quanto aos adeptos de ambas as equipas portaram-se bem durante o jogo, com fumo a mais no início, lasers também a mais, ajudaram a criar um ambiente escaldante e emotivo sem consequências negativas o que é de louvar, no entanto, o incêndio no final do jogo na zona dos adeptos do Sporting é verdadeiramente de lamentar destruindo o que de bom se fez no campo. Há pessoas, felizmente poucas, que insistem em transformar um estádio de futebol num cenário de guerra.
Numa tarde de Maio de 1991, 18 jovens, cada um com uma placa na mão, com uma letra impressa, apresentaram-se no relvado do Estádio Nacional, no intervalo da Final da Taça de Portugal. Juntas as 18 letras, formou-se esta frase. Luís Figo, Rui Costa, João V.Pinto, Jorge Costa, Rui Bento, Brassard, Peixe, entre outros, eram os jogadores que formavam esse grupo. Semanas depois, em Lisboa, mas no Estádio da Luz, perante 127.000 espectadores, tornaram-se Campeões do Mundo Sub/20.
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